quarta-feira, 29 de agosto de 2012



É muito bom estar com você para uma conversa sobre como as pessoas se comportam ao se relacionarem umas com as outras. Sempre considerei esse tema um tanto difícil, pois conviver com alguém é uma arte.
Tivemos em nossa casa uma bela cachorrinha bassê muito querida. Ela era dengosa e conhecida de todos nós. No entanto, por mais que gostássemos dela, quando viajávamos ou saíamos para o trabalho, para a escola ou para a igreja, ela ficava em casa. Se tínhamos tarefas a realizar ou visitas a receber, nossa primeira providência era colocá-la para fora, a fim de que ficasse em sua casinha. O fato é que, quando ela incomodava, nós a tirávamos de circulação e a colocávamos bem longe de nós.
Fazemos isso com um animal. Jamais agiríamos assim com uma criança ou com um adulto. Com um ser humano a história é outra. Não podemos simplesmente fechar a porta e dizer: “Fique ali fora!” Sendo assim, primeiramente, precisamos aprender a conviver com as pessoas de nossa família, aquelas que vivem conosco debaixo do mesmo teto. E isso não é tarefa simples.
Geralmente, no relacionamento com os familiares, estamos mais expostos, porque nós os conhecemos bem, e eles também nos conhecem. Os laços de sangue e o amor que nos une nos dão uma certa liberdade e, às vezes, isso é bom, mas outras vezes, não.
Quando o apóstolo Paulo, em Efésios 6.1-2, escreve aos filhos que sejam obedientes aos seus pais e que honrem seu pai e sua mãe, ele está transmitindo um princípio divino que tem sido válido por séculos e séculos. Eu sei que alguém aí vai dizer: “Mas você não conhece os meus pais. Eles são terríveis! Você não sabe como é difícil conviver com eles! Implicam com tudo. Para eles, nada do que faço está certo. Por isso, às vezes, perco a paciência e acabo dizendo e fazendo o que não devo. Aí eles ficam magoados comigo. Então eu fico pensando no que fiz, mas já é tarde. E, depois de ter ferido os dois, fica difícil consertar as coisas, porque eu não aceito o que eles fazem comigo ou com os meus irmãos.”
Não pense que isso só acontece com você ou apenas em sua casa. Isso acontece na grande maioria das famílias. Mas atente para um detalhe: Não é por isso que vamos dizer e fazer o que queremos, dando a desculpa de que todo mundo age assim.
É preciso ter consciência de que nós, como cristãos, temos uma vantagem: Deus nos orienta no que devemos falar ou fazer para sermos uma bênção para os outros, a começar pelos membros da nossa família.
Por outro lado, o relacionamento entre pais e filhos adolescentes, de modo geral, sempre foi, é e sempre será um relacionamento tenso. Você não é mais uma criança, que depende deles em tudo, mas também não é uma pessoa adulta, independente. Você ainda vai levar alguns anos até deixar de depender deles e adquirir a sua independência. E independência não significa apenas liberdade de pensamento, tipo “Vou fazer o que minha cabeça mandar”. É também liberdade financeira e emocional. Você já parou para pensar nisso?
Por sua vez, os filhos pré-adolescentes têm muitos atritos com os irmãos porque estão buscando os seus direitos e o seu espaço dentro da família. Essa também é uma fase difícil para a família. No entanto, com um pouco de paciência e boa vontade da parte de todos, o ambiente melhora.
No relacionamento familiar, é preciso que todos colaborem: pais e filhos. Não adianta só um dos lados tentar manter a paz, enquanto que o outro fica fazendo guerra.
Manter a harmonia no lar é uma tarefa difícil, que envolve todos os membros da família. Sendo assim, cada um precisa fazer a sua parte. Minha oração é que Deus abençoe você nessa tarefa.
Até a próxima.
Nancy Gonçalves Dusilek
Professora – Rio de Janeiro – RJ

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